Revistas, desenhos e filmes.
Ontem comprei uma revista "Isto é" edição de setembro de 1978, é engraçado folhear revistas tão antigas, entre anúncios de moderníssimos televisores com controle remoto, máquina de escrever de ultima geração e empresas super confiáveis como Vasp e Banco Econômico encontrei reportagens sobre o Irã pré-aiatolás e filmes cult, abertura política e a super reportagem de capa sobre desaparecidos políticos. Na última folha tem uma coluna do Henfil em que ele protesta contra o fato de não poder votar nas eleições. O fato é que a revista naquela época tinha uma tendência de esquerda (ou pelo menos de oposição).
Vendo isso é interessante ver como a maioria das publicações muda ou pelo menos tenta fugir de seu passado, a "Isto é" se não é tão manipuladora e direitista quanto a "Veja" é, hoje, apenas um rascunho do que foi no passado, a maioria das revistas procuram estar onde é mais cômodo para elas, hoje em dia temos as pró-Lula e as anti-Lula (maioria), isenção nem pensar, não que a "Isto é" não atendesse a nenhum interesse em 1978, mas nas reportagens dá para notar que os colunistas na sua maioria acreditavam naquilo que escrevia, não eram macacos de auditório como Mainardis e Azevedos.
Por coincidência lendo o site do PSTU (não sou do partido, ok?), encontrei um texto sobre o fato de o Tin Tin ser um personagem reacionário em sua origem que inclusive defendia a colonização belga no Congo, muitos personagens que temos hoje já apareceram defendendo causas pouco dignas, mas souberam voltar atrás quando foi conveniente, como alguns estúdios de Hollywood que já produziram filmes que olhavam com simpatia o nazismo e depois transformou Hitler e seus seguidores em seus vilões favoritos e judeus em mocinhos indefesos e injustiçados.
Filmes que vi hoje:
Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine), meu sobrinho assistiu comigo e perguntou no final: _ Essa viagem deles serviu pra que afinal? O fato é que o filme é simpático e não cai na tentação de redimir todos os personagens no final. Nota 4
O Pacto (Jisatsu saakuru)- filme japonês que a maioria (inclusive eu) já tinha visto antes da Europa Filmes lançar em DVD com esse título sem graça. O nome com que ele tinha se tornado famoso foi Suicide Club, e acho que esse titulo explica o enredo do filme. Filme bacaninha, algumas coisas confusas como quase todo filme oriental, mas bem palatável no geral. nota 3,5
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